Confusão

 Foto preto e branco de sentimentos infindos.

Foto sem ninguém, quadro sem moldura, álbum sem figura, sem história para contar.

Porém vou me contendo nesse não dizer de coisas que deveriam ser ditas, mas que não se pronunciam, nem se atrevem a cochichar.

Alma que tortura, ser humano com a lua, pôr-do-sol, entardecer, confusão do não querer mais que querer.

Isso não é de se entender, nem compreender o porquê escrevi.

Talvez se não tivesse escrito, teria se perdido, em um canto esquecido, o mistério corrompido que não se corrompeu.

Mas minha alma que é minha vida assim me eterniza em ser alguém cujo poder não tem sobre si...

Escrevo quando nem percebo, talvez me declare, talvez o surpreenda, quem sabe o decepcione.

Quem sabe você goste, talvez você entenda ou finja compreender, minha mente toma o rumo que quer, sem seqüência exata, escrevo, falo do amor, ao mesmo tempo, na mesma frase falo do vago...

Se caio em mim e leio o que escrevi...

Não sei mais o que grafar nem o porque de tudo que vive.

Se tiver explicação a vida desvairada que tenho...

Onde a encontro, onde se esconde, no berçário que nasce, ou na vida que porém sendo minha não vive...

Talvez se eu fizer conexão com o alem, eu perceba o que nunca compreendi nem procurei entender, nem pensado que existia a tal hipótese de perceber.

Minhas idéias são confusas, porém eu as entendo... E se o futuro pudesse ver, saberia coisas que nem quero, amaria o feio e o belo, o vão do eterno, nesse inesgotável desejo de não saber, porem a procura do por que...

Sei que se buscar todas as respostas, terei mais duvidas que solução, porem termino aqui o texto que nem sei porque comecei, nem o rumo que tomei, sei que minhas mãos teimaram em rabiscar, não tendo minha cabeça a mínima idéia do que lançou ao papel...

Taty N.S.