domingo, novembro 07, 2010

Suspire, sorria, Acene e disfarce...

Sempre tive dificuldades em falar de mim, mas também porque falar?!
Se quiser saber de mim, ande do meu lado, participe um pouco da minha vida e tire suas conclusões, com certeza serão reais e talvez mais sinceras. O que posso dizer é, que sempre falei baixo, sabe esse tom de quem teme ser ouvido e na verdade não é. Não que eu seja frágil, pois não sou não temo quase nada, apenas a vida, as pessoas, mas enfrento. E grito, e choro, e finjo sorrir, e tento cantar, e corro pelas ruas, e atravesso avenidas, e danço... E finjo ser feliz, e finjo estar bem e nem me importa. Se alguém perguntar, nada me aflige nada me deprime e nem me faz mal.
Falar de si, dos sentimentos é complicado, falar o quê e como?! Palavras às vezes doem para sair, e entalam na garganta e se consentem com o silêncio e extravasam nesse não dizer. E congelam e paralisam a alma, encara o olhar, e este perplexa na boca muda, entreaberta, entre silêncio, entre mistério... Mas eu sou assim mesmo sem graça, essa coisinha falante que escreve e se perde, e nem sabe o que falou no começo... Mas que sente que vive... Às vezes triste, às vezes não, e às vezes... Só às vezes nada mais... Observadora sim, calada demais, e fala... Como fala, só não sabe à hora de parar. E quando não fala, não sabe como começar. E sorri para disfarçar que não sabe o que dizer... “Suspire, sorria, Acene e disfarce”... 
Taty N.S.

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